domingo, 1 de maio de 2016

Resenha Crítica: Um Senhor Estagiário

Resenha proposta na aula de planejamento a partir do filme Um Senhor Estagiário.

RESENHA CRÍTICA: UM SENHOR ESTAGIÁRIO

Autor: Alan Murilo Ghisi

Palavras-chave: Desafio, reinventar, contribuir.

O filme estadunidense Um Senhor Estagiário, estreado em 24 de setembro de 2015 e dirigido por Nancy Meyers, traz que em um cenário onde existe diferentes tipos de geração é possível sim haver harmonia e cooperação.  O filme demonstra a história de um senhor septuagenário, aposentado e viúvo, chamado Ben, que passa por momento privilegiado e único na vida, tal seja, aproveitá-la das mais diferentes formas, viajar, fazer yoga, aprender novas línguas, enfim, descontrair-se e viver sem preocupações, porém acaba por se sentir entediado. Nesse momento, decide por encarar um novo desafio, o de novamente ingressar ao mercado de trabalho, mas dessa vez, reinventando-se, agora como estagiário de uma empresa de vestimentas, e-commerce. Quando do ingresso ao trabalho, foi designado a ser o estagiário da presidente fundadora da organização, chamada Jules. Ben, precisando de seu espaço, com muita confiança em seu potencial, conquistou. Passou a ser mais do que um estagiário, mas indiretamente, um staff pessoal e profissional da presidente, dando concelhos na vida familiar e profissional. Em todo momento as diferenças no estilo de comportamento de ambos são nítidas, Jules muito proativa, sendo mãe, filha, esposa e empresária, tudo ao mesmo tempo, vivendo praticamente conectada em um mundo virtual e moderno sem poder dedicar-se muito a uma só causa. Do outo lado, Ben, aposentado, ex-diretor de uma empresa de listas telefônicas, que já vivenciou a fase de Jules, porém de outro modo, muito observa o “novo mundo” e o aproveita perfeitamente. Em torno dessa seara, observa-se que a contribuição de pessoas com diferentes filosofias de trabalho, criadas em diferentes épocas em torno do alcance de um único objetivo pode ser estritamente perfeita, é o que notamos quando vemos a fusão dos métodos da geração de Jules, Y, com a de Ben, X, apesar de diferentes épocas, cada um ao seu modo tem suas maneiras de controlar a situação diante de diferentes problemas, porém sem gerar atrito, nem muito nem pouco, a fusão das gerações no filme torna-se na medida, de modo a se completarem. Um filme extremamente esclarecedor do ponto de vista de gestão de pessoas, para os que classificam as gerações como melhores ou piores, acredito que deve sempre haver dosagem das diferentes filosofias de trabalho, de modo que se completem e nunca entrem em atrito. Como espectador, recomendo o filme “Um Senhor Estagiário” aos gestores  de ambas as gerações, os irredutíveis, X, das organizações contemporâneas que julgam a geração Y como a geração incapaz de dirigir as organizações, devido a estereótipos. E e aos jovens líderes da geração Y para que percebam que a experiência corrobora de forma valiosa nas organizações. Interessante também para as pessoas que procuram entender pouco mais sobre as filosofias de cada geração de modo aprimorar cada vez mais o conhecimento sobre as características de cada uma delas.

Alan Murilo Ghisi. Acadêmico do Curso de Bacharelado em Administração do Instituto de Ensino Superior Santo Antônio (INESA).


Um comentário:

  1. Este filme é ótimo! A trama traz ninguém menos que a dupla Robert DeNiro e Anne Hathaway como dois legítimos representantes desses tempos tão diferentes. É que mais do que contar uma história parece que O Estagiário quer passar uma mensagem: que a geração digital (da web) tem ainda muito que aprender com a textual & analógica, não apenas a nível profissional mas principalmente no que diz respeito às suas relações familiares e emocionais. Ou então é uma afirmação que os mais velhos – para além do savoir faire que podem transmitir aos mais novos - têm prospectivas de emprego e de sucesso. Mas apesar de seu argumento central clichê – o de que jovens e velhos precisam aprender uns com os outros - a forma humana e sincera como a história é contada, sem julgamentos morais e condenações, a eleva a um patamar acima das outras.

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